Foto e biografia:
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LEANDRO SERPA

( Brasil – Santa Catarina )

Leandro Serpa, Tijucas/SC (09/12/1983).  É bacharel em Artes Plásticas pelo Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina, e Mestre em Ensino das Artes Visuais, pelo PPGAV/UDESC. É artista visual, escritor, professor e pesquisador. Artista multimídia, trabalha recorrendo à gravura, desenho, pintura, fotografia, vídeo, além de instalações e projetos em mídias digitais. Participa de diversas exposições coletivas e individuais desde o ano de 2009.

Entre 2012 e 2015, ampliou sua pesquisa sobre as técnicas de gravura, com especial desenvolvimento da monotipia e da gravura fine art e foi premiado com o Projeto "Fanáticos" no Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo a Cultura – 2013. No mesmo ano, realizou pesquisa técnica e visita aos Ateliers de Carlos Vergara, Daniel Senise e Frantz Soares. Entre 2014/2015, fez parte do Programa de Artistas da Lugar Específico. Desde 2016 Leandro é professor de Gravura na Universidade Comunitária Regional de Chapecó/SC, Unochapecó e escreve sobre a Gravura Contemporânea para os sites finephoto.com.br e gravuraconteporanea.com.br
Serpa tem experiência e atuação relevante na Arte Contemporânea nacional tendo exposto em diversas unidades da federação, tais como Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Bahia, entre outros estados. Internacionalmente o artista tem participado desde o ano de 2009 de Exposições, Mostras e Bienais em países de várias regiões do globo, caso de Portugal, Japão e EUA.O artista possui ainda obras em Galerias, acervos de colecionadores e instituições museológicas nacionais, bem como premiações em editais estaduais e participação singular em Salões e Bienais de Arte Contemporânea, nacionais e internacionais.

COLETÂNEA VIAGEM PELA ESCRITA.  Vol. V.  Homenagem ao acadêmico Carlos Nejar. Volta Redonda, RJ: Gráfica e Editora Irmão Drumond, 2019.  106 p.  15 x 21 cm.   Apresentação por Jean Carlos Gomes.  Inclui além da antologia de poetas, textos sobre Nejar escritos por Alexei Bueno, Anderson Braga Horta, Antonio Carlos
Secchin, Antonio Miranda, Antonio Torres, Geraldo Carneiro, Luiz Otávio Oliani, Nuno Rau e Angeli Rose.      Ex. bibl. Antonio Miranda

A ROSA DO MAR

Em tempos de fúria.
Tenho uma joia para me consolar.
Uma bela ternura que sempre amei e sempre vou amar.

Em tempos de fúria onde o ódio perdura
Minha alma de fogo vai te buscar.

É uma joia ternura, formosa, formosura,
Uma rosa do mar.

Em seu sio o amor e a loucura, o delírio e a doçura me fazem sonhar.

No seu amor vive meu espírito.
Em seus braços habito.
Palpitante reflito que a guerra existe para o coração amargurar.

Em seus olhos, morena doçura,
Minha alma murmura a quietude do mar.

Em seu sorriso alegre, dengoso,
Meu corpo cansado, dolorido e machucado
Descansa em paz.

HOMENAGEM A FREDDIE

Como pode no tempo parar a semente da vida que um dia fez
[ o mundo girar?

Não basta cantar, não basta lutar.
É preciso morrer para ver o tempo mudar.
Não basta amar, não basta cuidar.
É preciso ser fonte para a alma alimentar.

Sê canto, sé pranto, almas de espanto, acalanto nem tanto,
são tantos e tantos que nem sabem que o pranto é manto,
lugar e proteção para o coração que cai na solidão.

O último soneto, a última estrofe, a última rima sempre combina
com a letra que assina, sua sina que ensina que morte menina
é fiel companheira, alegre mensageira aponta o início e o fim espera
[ por inteira.

Assina e leva para um buraco na terra quem fez o sol em dia de
[ treva,
quem amou em dia de tormenta.

Assina e leva um pedaço do coração que ama, que pulsa e que vive
[ em todos nós.

Morte, sua sorte é que somos fortes e cada estrela que guia
seu fim para o profundo oceano é também canto de doçura e
[ esperança.

Não vá! Não vá!  Todos dizem àqueles que rasgaram a tempestade,
abriram as cortinas, fizeram o sol brilhar e o show continuar.
Borboleta, não vá!

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Página publicada em dezembro de 2022